Para que você entenda o risco que o Repasse Direto traz à sua empresa e como identifica-lo entenda o contexto de como identificamos essa ocorrência.
Desde que iniciamos o desenvolvimento da nossa operação modelo de vistoria aqui em Maringá muitas situações diferentes ocorreram, cada perícia acaba sendo uma história nova e inclusive nós sempre falamos por aqui de como é incrível como cada carro tem a sua própria história.
É quase como quando conhecemos uma pessoa nova que nos interessa muito, ela nos conta a sua história de vida e nós ouvimos com todo o interesse tentando imaginar as situações que ela viveu.
O nosso trabalho é basicamente isso, você já percebeu?
Na perícia ouvimos o que o carro tem a nos dizer com os nossos sentidos e também com os instintos.
Talvez o instinto que fale mais alto no momento da perícia é o nosso instinto investigativo (vamos falar sobre isso em breve). Investigamos a vida do carro, analisamos seu estado físico e assim, conseguimos entender resumidamente a sua história. Alguns carros tem uma história feliz pra contar já outros nem tanto.
Mas aliado à nossa percepção e análise física do carro, nosso parecer depende também do histórico documental.
O histórico complementa nossa análise, traz luz a nossa investigação. Quanto mais informação tivermos, mais seguro estamos ao passar um parecer final ao nosso cliente.
Como Repasse Direto afeta seu negócio
Nós percebemos na prática que uma consulta deficiente com poucas bases de informação ou ainda pior, que traga bases não confiáveis são altamente prejudiciais para o nosso negócio.
O mundo da informação veicular é muito complexo e existem fatores que podem nos levar a um parecer final equivocado exatamente por que nos falta informação ou porque temos informação equivocada e não confiável.
Essa deficiência relacionada à questão do histórico documental do veículo analisado em nosso serviço tem consequências graves para o nosso negócio, traz descrédito ao nosso trabalho e ao nome da nossa empresa, por consequência perdemos capacidade competitiva diante de nossos concorrentes no mercado.
Tivemos no início do desenvolvimento da nossa operação modelo de vistoria alguns casos bem complicados em que enfrentamos mais dificuldade para chegar a uma conclusão final. Casos de carros com passado nebuloso e com informações ocultadas, se você já atua no mercado da cautelar tenho certeza que já tenha tido de lidar com um problema como este.
Constatamos aqui na nossa unidade modelo com certa regularidade muitos veículos que apresentavam danos e reparos estruturais e tenho que frisar que em alguns casos são danos e reparos consideráveis e até aí nada de anormal.
A questão é que estes veículos aparentemente são carros que foram indenizados por seguradoras, porém não possuíam histórico de leilão. Carros integralmente indenizados que são colocados no mercado pelas cias seguradoras e também pelas associações de proteção veicular sem necessariamente passar por um leilão. Esse procedimento de inserção conhecemos popularmente como veículos de REPASSE DIRETO.
Repasse Direto na prática
Tivemos um caso interessante de um Honda CRV com menos de um ano de uso que exemplifica bem veículos nesta situação.
Este veículo não possuía a princípio nenhum registro negativo nas bases particulares consultadas, porém fisicamente apresentava reparos estruturais que indicavam que ele poderia ter se envolvido em um provável acidente.
Em uma análise preliminar dos reparos que ele possuía era possível concluir que facilmente ele teria alcançado uma classificação de média monta em um registro de Boletim de Acidente de Trânsito, porém o CRLV não apresentava nenhuma informação de CSV/RS que indiciaria um veículo recuperado de sinistro.
A surpresa veio quando realizamos uma consulta pública ao SENATRAN e constatamos que o veículo possuía sim o registro do CSV para RECUPERAÇÃO DE SINISTRO, porém a informação não constava no CRLV o que não é correto acontecer. A Resolução do CONTRAN nº 810/2020 em seu artigo nº7 e §3º é bem clara quanto a obrigatoriedade desta informação constar no campo de observações do CRLV.
Este carro possuía todos os indícios de ser um repasse direto, porém sabíamos que a peça principal para desvendar este quebra cabeça com certeza estaria dentro do obscuro mundo de informações do mercado securitário, mas conseguir esse tipo de informação é muito difícil, ela não está facilmente acessível.
Este carro apesar de ser muito novo já tinha história pra contar, o que podíamos concluir é que possivelmente ele sofreu um acidente e foi integralmente indenizado pela seguradora, foi repassado diretamente ao mercado e agora já estava indo para as mãos de um novo dono que nem imaginava que estava comprando um carro com este histórico complicado. As desconfianças dele vieram após a negativa das cias seguradoras em fazer o seguro integral deste veículo.
Como identificar um Repasse Direto?
Na prática, veículos nesta situação ficam na Lista Negra das seguradoras, elas não querem mais fazer o seguro desses carros e quando fazem não o fazem integralmente.
Esta situação nos fez pensar muito sobre esta necessidade e de como poderíamos criar uma ferramenta que fosse eficaz em trazer informações do mercado securitário, mas estas informações tinham que ir além da possibilidade da aceitação do seguro do carro, só isso não era suficiente, uma ferramenta como esta precisava estar melhor embasada. Era necessário que ela trouxesse exatamente o que a empresa de perícia precisa saber nestes casos para que possa alertar seu cliente.
Com base nisso nasceu nossa pesquisa Radar Securitário que faz uma varredura completa em busca de informações e restrições que aquele veículo possa ter dentro do mercado securitário além de uma simulação da aceitação do seguro para aquele veículo.
O melhor desta pesquisa é que ela é feita de forma manual por uma equipe de especialistas o que traz muito mais segurança e confiabilidade na informação. Essa ferramenta é o filtro perfeito para detectar um repasse direto.
Foi validada esta ferramenta na nossa operação local e hoje ela faz parte de nosso pacote de consulta Premium que é utilizado por muitos dos nossos parceiros Brasil afora na emissão dos seus laudos cautelares.
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Um grande abraço!