A fraude no chassi é um dos golpes mais comuns do mercado automotivo e, infelizmente, vem se tornando cada vez mais sofisticada. Mesmo profissionais experientes podem ter dificuldade em identificar alterações na numeração original, já que muitas adulterações são feitas de forma discreta e com técnicas avançadas.
Para te ajudar a negociar com mais segurança, vamos explicar os tipos de fraudes uqe mais acontecem e quais cuidados você deve tomar.
Continue a leitura para conferir!
Para que serve o número do chassi?
O número do chassi funciona como uma identidade para o veículo. Ele reúne informações essenciais sobre a origem, o fabricante, ano de produção e todo o histórico público do automóvel.
Qualquer alteração nessa sequência pode indicar uma tentativa de mascarar irregularidades, e é exatamente isso que torna esse tipo de fraude tão comum.
Entre os crimes relacionados à adulteração do chassi estão:
- venda de veículos roubados;
- criação de documentos falsos;
- regularização indevida de carros sinistrados;
- clonagem para vender carros ilegais como se fossem regulares.
Quais são as fraudes no chassi mais comuns?
Embora cada caso tenha suas particularidades, algumas práticas se repetem com frequência no mercado:
1. Remarcação do chassi
Um dos métodos mais utilizados consiste em apagar, desgastar ou danificar a área onde o número original foi gravado e, em seguida, inserir uma nova sequência. O objetivo é dar aparência de autenticidade ao veículo adulterado e enganar consultas básicas feitas por compradores desatentos.
2. Clonagem de chassi
Aqui, os golpistas usam o número verdadeiro de um veículo regular para “esconder” um carro roubado ou irregular. Normalmente, escolhem modelos idênticos para dificultar a fiscalização e reduzir as chances de identificação por órgãos públicos ou compradores.
3. Troca de plaquetas e etiquetas
Muitos automóveis possuem plaquetas metálicas ou etiquetas com o número do chassi. Essas peças podem ser removidas e substituídas por versões falsificadas, principalmente em carros recuperados, batidos ou que passaram por leilões.
4. Divergência de numeração entre as peças
Quando o veículo foi montado com partes de origens diferentes, situação comum em carros sinistrados, a numeração de motor, chassi e outros componentes pode não coincidir com o que consta no documento. Essa inconsistência é um grande sinal de alerta para adulteração ou montagem irregular.
5. Ocultação do chassi por “restauros”
Golpistas podem cobrir o número com solda, massa automotiva ou pintura pesada, normalmente após danos causados por ferrugem ou batidas. Isso permite que uma nova numeração seja aplicada, escondendo totalmente o registro verdadeiro.
Como se proteger de uma fraude no chassi?
Sabendo que as tentativas de adulteração são frequentes, alguns cuidados práticos podem evitar prejuízos:
1. Inspeção minuciosa da numeração
Observe o local onde o chassi é gravado e compare com a numeração do documento. Use lanternas, câmeras ou aumente a iluminação para detctar diferenças de textura, profundidade ou alinhamento dos caracteres.
2. Utilize ferramentas tecnológicas
Hoje, há soluções capazes de cruzar dados com diversas bases públicas e privadas, sinalizando inconsistências relacionadas a roubo, sinistro, leilão e outras ocorrências. Essas ferramentas agilizam a análise e aumentam a segurança.
3. Consulte bases oficiais e empresas especializadas
Não dependa apenas do CRLV. Verifique informações em plataformas como Detran, Sinesp e sistemas de empresas especializadas na validação de histórico veicular. Quanto mais fontes confiáveis forem consultadas, menor o risco.
O que acontece quando a verificação é negligenciada?
Ignorar sinais de adulteração pode gerar consequências sérias, como:
- perda total do veículo adquirido;
- envolvimento em investigações criminais;
- prejuízo financeiro expressivo;
- danos à reputação da empresa ou da loja;
- quebra de confiança com clientes e parceiros.
Além disso, revendas que demonstram cuidado na avaliação do chassi transmitem segurança e constroem credibilidade, o que se reflete diretamente nas vendas e no relacionamento com o público.
